Em uma recente entrevista, o Dev Dean ‘Iksar’ Ayala comentou sobre mais balanceamentos que acontecerão antes da próxima expansão chegar. Saiba mais.
Um site chinês (Yingdi) postou uma entrevista muito interessante com o desenvolvedor Dean “Iksar” Ayala, levantando questões importantes que andam rondando os fóruns e o twitter no meta atual de Hearthstone.
Visão geral da entrevista:
- Teremos um balanceamento antes da próxima expansão para garantir que ela seja divertida;
- Se os decks Highlander continuarem fortes, eles pretendem mexer no Zéfiro e na Alexstrasza;
- Pretendem mexer na Lança-Feitiços Dracônica num próximo Patch;
- As próximas expansões possuem menos geradores de recursos. Estão diminuindo isso.
Questões sobre o RNG, os constantes nerfs que Caçador de Demônios tem recebido e o poder de alguns cards foram levantadas e vocês podem conferir a tradução livre e adaptada da entrevista abaixo:
Pergunta (1): Primeiro gostaria de voltar lá na terceira onda de mudanças no patch 17.2.1. Esse foi um dos maiores patches de balanceamento da história do HS e mudou significativamente o nível de poder de vários decks (Zoo, Ladino) – mas ao mesmo tempo, muitos decks/classes não mudaram quase nada. Caçador de Demônios e Guerreiro estão no topo mesmo após vários nerfs. Paladino e xamã estão no fundo mesmo após buffs, etc.Vocês estavam esperando um impacto maior no meta a partir dessas mudanças? Ou o objetivo era deixar as coisas um pouco mais parelhas, como acabou acontecendo?
Resposta (1): Nosso posicionamento sobre balanceamentos mudou com o tempo. Nós costumávamos fazer grandes mudanças e somente quando era absolutamente necessário, e agora nós tendemos a fazer mudanças menores e mais frequentes. Nosso objetivo com essas mudanças é alterar o nível de poder o suficiente pra dar espaço para outros decks, mas sem nerfar um card ou deck de forma que as pessoas que gostam deles tenham que procurar outro deck pra jogar. Em retrospecto, nós teríamos feito uma quantidade maior de alterações no DH de cara, mas no geral eu acredito que as mudanças de balanceamento atingiram seus objetivos;
Pergunta (2): Essa pergunta foi feita antes do nerf ser aplicado. Agora sobre o nerf no Talho Duplo, vimos várias pessoas apostando na diferença grande para o Caçador de Demônios mesmo sendo o nerf de um card só, mas provavelmente tem bem mais gente desejando por mudanças nas outras classes. Então eu me pergunto qual a opção mais correta: se o ‘efeito borboleta’ do Caçador de Demônios sendo nerfado vai afetar o meta como um todo mais do que imaginamos ou se é porque os Devs acreditam que o resto dos decks estão exatamente onde deviam?
Resposta (2): Talho Duplo era o card mais poderoso de CdD, mas a classe tem uma variedade de ferramentas poderosas de forma que a mudança de 1 card não iria tirar ele da lista de decks mais fortes. Eu acredito que a próxima expansão será a próxima grande sacudida em como as coisas estão. Nós faremos um patch de balanceamento antes da próxima expansão, mas será direcionado a pequenos ajustes para garantir que a próxima expansão seja tão divertida quanto pode ser.
(O contexto para as 03 próximas perguntas vêm do sentimento do twitter após/durante a MT Jönköping, com problemas mais de ‘design’ do que de balanceamento. Aqui o entrevistador lista as 3 principais situações que geraram mais reclamações.)
Pergunta (3): Arquétipos que amplificam o fator sorte (RNG) na compra de cards, incluindo decks highlander (ladino em particular), e também druida até certo ponto. Esses decks tem muito de seu poder concentrado e apenas alguns cards como Zéfiro/Rainha Dragonesa, Galakrond de Ladino/Fubalumba e tudo se resume a comprar esses cards, fazendo desses decks inconsistentes, “tudo ou nada” e menos recompensadores da habilidade do jogador.
Zéfiro | Rainha Dragonesa | Galakrond | Fubalumba |
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Resposta (3): Esse é o ponto fraco de fazer cards que requerem uma construção específica de deck. Se a gente pedir pra você construir um deck interessante você não o faria a não ser que tivesse uma razão para isso. Nos decks sem duplicatas você tem acesso a alguns poucos cards muito poderosos e no Ladino Galakrond você tem uma grande recompensa no ‘late game’. A grande vantagem em ter essas opções é porque há uma grande variedade de decks no meta. O lado negativo é que, quando esses decks compram os cards poderosos no momento certo, você pode achar que a única razão de você ganhar/perder é porque encontrou o card certo. Sempre criaremos cards que resultam em picos de poder, mas esses não devem ser os únicos decks que vêem jogo. Em metas em que decks sem duplicatas estão fortes esse problema tende a se destacar mais. Eu acredito que se os decks com Zefiro/Dragonesa continuarem fortes na próxima expansão é provável que façamos algumas mudanças no poder desses decks para abrir espaço para novas estratégias.
Pergunta (4): O meta “Criado Por”. Existem muitos cards que descobrem ou geram recursos de alguma maneira (Servo Dragônico é um exemplo típico) e com o enorme pool de aleatório/descubra, se torna impossível jogar ao redor de tudo e menos recompensador também.
Resposta (4): Aleatoriedade e geração são ferramentas usadas de forma a tornar a experiência mais variada e diferente de jogo pra jogo. Mecânicas como ‘Descubra’ são uma parte fundamental de Hearthstone que eu acredito que nos separa de outros jogos similares no gênero. Dito isso, eu penso que as ferramentas que os jogadores tem pra criar novos recursos está no ponto mais alto que poderia estar. Quando todas as classes começam a gerar recursos fora de seu deck, as classes que se especializam em geração de recursos, como Mago e Sacerdote, se tornam menos especiais. Parte do que leva a tantos recursos aleatórios é que os cards que geram esses recursos são as mais poderosas das últimas expansões. Eu acredito que as expansões desse ano e especialmente as do ano que vem tenham menos geradores de recursos aleatórios, especialmente em classes que não se especializam nesse tipo de coisa.
Pergunta (5): O Mago e a caixa (provavelmente um problema em si mesmo).
Lança-Feitiços Dracônica | Caixa-enigma de Yogg-Saron |
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Resposta (5): A Caixa Enigma de Yogg provavelmente está num nível de poder apropriado, mas com a Lança-feitiço Dracônica ela tem aparecido um pouco mais cedo do que gostaríamos em decks altamente competitivos. Nós gostaríamos de resolver isso em um próximo patch.
Pergunta (6): Eu também sinto que muitos dos designs em discussão envolvem redução de mana (normalmente pra 0), incluindo Crânio e Altruis de Caçador de Demônios, muitos feitiços de druida, Galakrond/Varinha de ladino, a recompensa da Missão de Bruxo, A Lança Feitiço com a Caixa Enigma – até mesmo o Talho Duplo que era um card de custo 0. Sabendo que 0 de mana tem ocupado um espaço de design tão perigoso por tanto tempo, não estamos forçando esse limite um pouco demais nessa rotação?
Resposta (6): Normalmente quando fazemos um card custar 0 é como recompensa por montar o seu deck de determinada maneira. Nós optamos por fazer o card poderoso como forma de motivar os jogadores a construir decks diferentes. No caso da Lança Feitiço você acaba incluindo feitiços de custo muito alto que normalmente não usaria. No caso do Galakrond de Ladino você recebe cards de custo 0 somente porque colocou um grande número de cards de invocação em seu deck. Um problema de ter cards custando 0 é que eles resultam em turnos inesperadamente explosivos. Ladino provavelmente é o maior ofensor, quando jogar um Galakrond completamente invocado. Se os cards que você compra com o Galakron custassem 1, ele seria menos poderoso, mas resultaria numa pausa entre o turno que você joga o Galakrond e o turno que joga os cards baratos da sua mão. Essa é uma mudança que temos discutido ultimamente de forma que os jogadores tenham um turno pra se preparar em veza de ter que lidar com tantos recursos de uma vez. Quanto ao Crânio, eu acredito que os cards serem reduzidos a 0 é um problema menor, já que a Caveira em si não é um card de tempo. Depois que seu oponente joga o Crânio, eles ou jogam os cards naquele turno ou as guardam para um turno seguinte mais explosivo. Caso eles optem por esperar o oponente tem algum tempo pra se preparar, o que acreditamos é saudável para o jogo.

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